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sábado, 21 de março de 2015

Dificuldade em acordar cedo pode não ser questão de preguiça


Ter dificuldade em acordar cedo pode não ser apenas uma questão de preguiça, segundo avançou um estudo realizado pelo Instituto do Sono, em São Paulo (Brasil). A combinação de diferentes factores genéticos e ambientais, entre eles a localização geográfica, podem contribuir para este esforço.

Os resultados publicados na revista «Sleep» atestam que as pessoas que vivem mais perto dos pólos, por exemplo, são mais vespertinas do que aqueles que vivem mais próximos da linha do Equador, que são mais matutinas, ou seja, têm preferência por acordar e dormir cedo.

O estudo do investigador Mário Pedrazzoli, que já tinha levantado a hipótese em 2005, mostrou ligações entre uma determinada variação no gene PER3 e “a síndrome da fase atrasada do sono”, de3fendendo que os que sofrem deste problema têm sono muito mais tarde do que a maioria das pessoas.

A equipa de Pedrazzoli calculou a variação alélica (formas alternativas do mesmo gene), em homozigose (onde alelos presentes em um locus genético são idênticos), no gene PER3 associado ao distúrbio do sono presente em dez por cento dos indivíduos, mas apenas uma parcela pequena desse grupo desenvolve a síndrome.

Sendo assim, a conclusão revelou que a genética seria apenas parte do problema e passaram a entrevistar voluntários – 16 mil pessoas de todos os estados brasileiros. Os dados recolhidos mostraram que no Sul do país os moradores da região ficavam acordados até mais tarde, já que nesse local o sol também se põe mais tarde durante o período de Verão. Já no Inverno, o sol põe-se quase à mesma hora em todo o território, mas nasce mais cedo em Natal do que em Porto Alegre, por exemplo, levando estes últimos a acordar e a dormir mais cedo.

Segundo o investigador, este estudo poderá ser relevante em termos de medicina preventiva se o genótipo mais propenso a sofrer distúrbios do sono for identificado, podendo levar as pessoas a mudarem de hábitos e evitar actividades que possam favorecer a doença.

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