A designer austríaca Sonja Bäumel imaginou e tem trabalhado desde 2009 em um projeto incrível de uma roupa inteligente, que se adapta à sua temperatura corporal ficando mais fina nas regiões mais quentes do corpo, e mais grossa nas partes em que a pessoa sentisse mais frio.
Até aí a ideia é sensacional. Mas o grande barato do projeto é que a roupa seria feita de uma espécie de membrana de crochê, mas, em vez de linha e agulha, a matéria-prima seriam as próprias bactérias do seu corpo. Essas bactérias reagiriam de diferentes formas dependendo da temperatura da pele para formar fibras de tecido. Lugares mais quentes, por exemplo, repeliriam a multiplicação das bactérias fazendo com que a fabricação de tecidos se concentrasse nas áreas mais frias do corpo.
Sonja explica que a pele humana possui uma camada entre o interior e o exterior. Possuímos, uma segunda pele sobre a nossa pele. Uma camada completa de vida formada por bactérias que funciona como uma membrana de troca, algo que está entre o nosso corpo e o ambiente. A ideia da pesquisadora é fazer este micromundo se tornar perceptível permitir que as bactérias que vivem na nossa pele “vistam” o corpo.
Mas a ideia ainda está muito longe de se tornar realidade. Sonja afirma que existe, sim, a possibilidade de que as bactérias formem fibras têxteis, mas, daí para esse tecido surreal se concretizar, é um grande passo e não é algo que seja possível nos próximos 50 anos.
Essas imagens mostram roupas que são feitas com linha de crochê para mostrar como seriam as roupas “tecidas” por bactérias.
Aqui, experimentos em placa de petri com bactérias do corpo humano sobre pedaços de tecidos. A ideia é que as bactérias “teçam” uma camada sobre o tecido.
Fonte: Sonja Bäumel e Superinteressante
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